segunda-feira, 6 de julho de 2009

Apatia total

Já fazia algum tempo que a Nação Avaiana não saía tão cabisbaixa da Ressacada. Foi uma derrota acachapante, aonde vimos um time sem alma. Éramos mais de 12.000 torcedores e o resultado ao final da partida não poderia ser imaginado pelo mais pessimista dos torcedores do Leão.


Um primeiro tempo onde, se não jogamos de igual para igual, pelo menos tentamos igualar as forças. Tomamos um gol de pênalti, muito discutível, cometido por nosso “lateral” Ferdinando. Este é o terceiro na seqüência, em que pese contra o Fluminense, a bola ter batido no braço dele, quando o mesmo estava de costas. E o pior não é isso: ele não é lateral!!! Mas pelo que se vê por ai, é o melhor que temos para a posição.

No segundo tempo, sucumbimos perante uma equipe bem postada, que veio para Florianópolis obstinada a vencer e levar três pontos. E não poderia ser de outra maneira o confronto de uma equipe apática contra uma que tinha um objetivo claro e queria a vitória. A derrota avaiana foi impiedosa!

Apontar culpados neste momento é a coisa mais fácil, mas temos que manter a coerência e isto já vem sendo dito por todos a algum tempo. Nossos laterais não existem, não apóiam e não sabem marcar, o ataque é aquele que reclamávamos desde o inicio da competição, mas desta feita ,a bola não chegou, não finalizamos e não tivemos oportunidades de gol.

Novamente os jogadores que se destacaram ontem foram Leo Gago e Muriqui, este mais que o primeiro. Chega a dar pena de ver o Muriqui lutando como louco e nada acontece, ele é um oásis em um deserto de apatia.

Outra coisa que preocupa é o Marquinhos, nosso maior ídolo dos últimos tempos. Tem quem possa dizer o maior de todos os tempos. Infelizmente, não está jogando nada, vem atuando apenas no nome e pelos serviços prestados.




Temos que criar um fato novo, e isto não quer dizer dispensar ou contratar jogadores, não que não seja preciso, mas principalmente temos que mudar o estado de espírito do grupo. Acredito sermos limitados, mas até algumas rodadas atrás, nossa limitação era suplantada por nossa determinação e força de vontade, e por algum motivo, nas últimas duas rodadas parece que isto ficou um pouco longe.

O momento agora é de botar a cabeça no lugar e dar a volta por cima. Ainda há tempo para isto, pois estamos indo para a 9º rodada da competição. A cada rodada, as coisas vão se complicando ainda mais. Todavia, não podemos desistir, não é hora de esmorecer. A situação é difícil, mas nada que com a união e a mudança de atitude de todos não possa fazer com que consigamos superá-la.

Yes, we can

3 comentários:

Anônimo disse...

"A situação é difícil, mas nada que com a união e a mudança de atitude de todos não possa fazer com que consigamos superá-la."
Gostei, que o Silas mude de atitude, já que não tem reforços, pelo menos mude o time que vai entrar em campo, ta ficando chato essa teimosia.

Jamira Furlani disse...

Ele precisa dar uma "cagaço" em alguém... time tem, mas ta muito molenga.

Seu Cunha, tens razão...união sempre!

Alexandre Carlos Aguiar disse...

24 horas após aquela tragédia, dá para gente fazer algumas considerações. De cabeça quente, com o cérebro fervendo, o raciocínio embota. Agora, quando o radiador esfriou, é possível analisar o que há com o nosso Avaí, aquele para o qual o nosso amor ninguém cala.

1 – É preciso, de início, repudiar os “coleguinhas da imprensa”. Eles só vêem crises acontecendo no Avaí. É impressionante a quantidade de casas mal-assombradas, cavernas mal iluminadas, morcegos, baratas e escorpiões que eles encontram na Ressacada. As raposas carecas, ratazanas saltitantes, anões de jardim e barbies plantonistas parecem fazer, a cada rodada, uma reunião e estabelecer na sua pauta que nova crise vão reproduzir pelos lados dos Carianos. Chega a ser patológico e requer tratamento tamanha postura. É diretor que contradiz parceiro, presidente que destrata treinador, jogador que não fala com outro. Daqui a pouco até os quero-queros vão bailar nessa dança conspiratória. Essa gente não é responsável pela má campanha do Avaí. Eles apenas não querem uma boa campanha.

2 – Qualquer pessoa com, no mínimo, dois neurônios já imaginava que não haveria vida fácil para o Avaí na série A. Até porque ficou bem claro (e os surdos que se apresentem) que o vôo do Avaí nesse ano seria o de se manter na séria A. Para qualquer pessoa que não dependa de medicamentos para regular sua massa encefálica, isso significa dificuldades, dificuldades e mais dificuldades. Ficaremos brigando na zona entre o 16º. até o 10º. lugar até o fim do campeonato. Então, se ninguém quer “sofrer”, que não vá aos jogos e no momento da partida, ligue a TV numa novela ou no Faustão. Afaste-se de tudo o que representa o Avaí na série A neste ano, pois isso é só para quem tem coragem, vontade e é torcedor de verdade.

3 – Para os torcedores que vaiaram o Ferdinando e ameaçaram rasgar seu cartão de sócio, o item acima também é válido. Aliás, quem acompanhou o Avaí na série C, os anos terríveis e amargos da série B, e os últimos anos do campeonato estadual, vai se incomodar com a campanha deste ano, vai ter algumas decepções, mas jamais irá se afastar do seu time, jamais deixará de manifestar a sua paixão ao seu querido leão da ilha. A Ressacada, hoje, é uma terra ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ. É lugar para homens e mulheres de brio e não para torcedor de ocasião. Portanto, se você chegou agora, se não sabe que aquele goleiro é o Martini, que aquele que joga com a camisa 10 é o Marquinhos e com a 5 é o Marcus Winicius, e já está vaiando o time, não apareça mais por lá. Ali não é lugar para você, torcedor-modinha.

4 – O Avaí precisa de jogadores em posições estratégicas. Que posições são estas: as laterais do campo, a cabeça de área e o ataque, para a finalização. Então quer dizer que os jogadores que estão lá não servem? Servem. Servem, sim. Mas com o andar da carruagem, eles estão no seu limite, o limite falado pelo Silas, o de que não podem mais errar. Para o bem de suas carreiras e para lhes dar um sossego psicológico, os jogadores destas posições precisam ser substituídos.

Abraços
Alexandre Carlos Aguiar