A entrevista coletiva do técnico Silas, após o jogo contra o Náutico, estava chegando ao fim, quando o repórter Alisson Francisco, da Rádio Guarujá, perguntou se o treinador acreditava que ele já tinha amadurecido como técnico, após sofrer aquele revés de estar na zona do rebaixamento.
A resposta de Silas é uma mistura de desabafo com um tapa de luvas, dentro do bom caráter e da personalidade do treinador avaiano. Claro, o tapa de luvas não foi no repórter, mas numa fatia da nossa mídia que adora lidar com deboches... Vejamos:
"Eu nunca tive problema nenhum como técnico, a parte lá de dentro do campo. Meu problema é quando um jogador tem que ir embora, quando eu tenho que dispensar um jogador.
Essa semana tivemos que dispensar cinco atletas, semana passada e essa. Isso eu ainda não to...Eu tenho que fazer, eu tenho que tirar o coração de lado e fazer isso."
Nada mais natural do que um técnico, que foi jogador de altíssima qualidade e que entende o dia a dia do atleta. Silas adota aquele sistema de que todos merecem confiança, até que se prove em contrário. Tem admiração por jogadores como Wendell Falcão, que acabou dispensado, e isso lhe custou muito. Deu mais de uma oportunidade ao baladeiro Michel, e o jogador não aproveitou. Tudo isso, Silas sabe e acaba lhe incomodando.
"É uma coisa que me desagrada e eu ainda não estou preparado para certo tipo de crítica destrutiva. Crítica que não ajuda no trabalho. Eu ainda não to preparado."
É comum na nossa imprensa, execrarem esse ou aquele jogador, sem analisar seu verdadeiro futebol. Não jogou bem, não serve para vestir a camisa do Avaí, dizem... E o que seria de Muriqui? De Ferdinando? De Marcus Winicius? De Eduardo Martini? De Emerson? Se deixássemos sob o comando dos tendenciosos que ocupam pontos estratégicos na nossa imprensa, toda semana teríamos um time novo...
"O Zunino é muito bom nisso. Eu tenho aprendido com ele. Eu não to ainda 100%, mas to vendo que melhorei."
É sabido que o presidente Zunino é pessoa educada e tolerante. Mas, não vamos confundir discurso público com discurso privado, onde as "tolerâncias" são medidas...
"Então, infelizmente, o treinador ter que ser um muro de bronze. Venha elogio, venha crítica e o cara permanece ali, frio, porque tem que ser assim. Entendeu? Acho que é isso..."
Conclusão sábia do técnico! Há que se manter a calma. Mas, que dá uma vontade de dar umas surras em algumas figurinhas... Ah! Isso dá...
"Agora na outra parte de treinamento, dentro do campo, até mesmo porque a gente pesquisa muito, eu sou um estudioso do futebol e sei que tenho uma estrada longa para percorrer...
Mas acho que lá dentro do campo, desde que ele seja simples, com ordem e como dia a nossa bandeira, com progresso...
Todo mundo cumprindo horário, respeitar o banco de reservas, respeitar companheiro que joga, o que fica no banco.
Partindo dessas coisinhas, assim, a gente consegue trabalhar tranqüilamente. Isso não muda de clube para clube. O Avaí, um clube médio organizado, olha onde tá?
Imaginem num clube grande organizado, um Inter, um São Paulo, onde vai?
É só você, onde você está, caminhar com simplicidade e com progresso..."
Não há como duvidar! Afinal, Silas nos levou à elite do futebol brasileiro, nos deu o Campeonato Catarinense deste ano e já garantiu uma vaga para a Copa do Brasil de 2010.
Quem duvida que esse estudioso do futebol, nos dará mais uma competição em 2010, além da própria Série A? Libertadores? Sul-Americana?
Como diz Silas, primeiro vamos nos garantir na Série A de 2010, depois revisamos nossos objetivos...
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A resposta de Silas é uma mistura de desabafo com um tapa de luvas, dentro do bom caráter e da personalidade do treinador avaiano. Claro, o tapa de luvas não foi no repórter, mas numa fatia da nossa mídia que adora lidar com deboches... Vejamos:

Essa semana tivemos que dispensar cinco atletas, semana passada e essa. Isso eu ainda não to...Eu tenho que fazer, eu tenho que tirar o coração de lado e fazer isso."
Nada mais natural do que um técnico, que foi jogador de altíssima qualidade e que entende o dia a dia do atleta. Silas adota aquele sistema de que todos merecem confiança, até que se prove em contrário. Tem admiração por jogadores como Wendell Falcão, que acabou dispensado, e isso lhe custou muito. Deu mais de uma oportunidade ao baladeiro Michel, e o jogador não aproveitou. Tudo isso, Silas sabe e acaba lhe incomodando.
"É uma coisa que me desagrada e eu ainda não estou preparado para certo tipo de crítica destrutiva. Crítica que não ajuda no trabalho. Eu ainda não to preparado."
É comum na nossa imprensa, execrarem esse ou aquele jogador, sem analisar seu verdadeiro futebol. Não jogou bem, não serve para vestir a camisa do Avaí, dizem... E o que seria de Muriqui? De Ferdinando? De Marcus Winicius? De Eduardo Martini? De Emerson? Se deixássemos sob o comando dos tendenciosos que ocupam pontos estratégicos na nossa imprensa, toda semana teríamos um time novo...
"O Zunino é muito bom nisso. Eu tenho aprendido com ele. Eu não to ainda 100%, mas to vendo que melhorei."
É sabido que o presidente Zunino é pessoa educada e tolerante. Mas, não vamos confundir discurso público com discurso privado, onde as "tolerâncias" são medidas...
"Então, infelizmente, o treinador ter que ser um muro de bronze. Venha elogio, venha crítica e o cara permanece ali, frio, porque tem que ser assim. Entendeu? Acho que é isso..."
Conclusão sábia do técnico! Há que se manter a calma. Mas, que dá uma vontade de dar umas surras em algumas figurinhas... Ah! Isso dá...
"Agora na outra parte de treinamento, dentro do campo, até mesmo porque a gente pesquisa muito, eu sou um estudioso do futebol e sei que tenho uma estrada longa para percorrer...
Mas acho que lá dentro do campo, desde que ele seja simples, com ordem e como dia a nossa bandeira, com progresso...
Todo mundo cumprindo horário, respeitar o banco de reservas, respeitar companheiro que joga, o que fica no banco.
Partindo dessas coisinhas, assim, a gente consegue trabalhar tranqüilamente. Isso não muda de clube para clube. O Avaí, um clube médio organizado, olha onde tá?
Imaginem num clube grande organizado, um Inter, um São Paulo, onde vai?
É só você, onde você está, caminhar com simplicidade e com progresso..."
Não há como duvidar! Afinal, Silas nos levou à elite do futebol brasileiro, nos deu o Campeonato Catarinense deste ano e já garantiu uma vaga para a Copa do Brasil de 2010.
Quem duvida que esse estudioso do futebol, nos dará mais uma competição em 2010, além da própria Série A? Libertadores? Sul-Americana?
Como diz Silas, primeiro vamos nos garantir na Série A de 2010, depois revisamos nossos objetivos...
5 comentários:
As melhores aulas do Silas são nessas entrevistas pós-jogo. Deveriam ser transmitidas nos auto-falantes da Ressacada pra gente poder ficar lá escutando x)
Hoje pra mim o jogo não acaba mais quando o juiz apita, acaba quando o Silas termina a entrevista e dá boa noite pra galera :)
Concordo com o comentário acima. Na faculdade eu aprendi a compreender algo chamado "lógica de discurso". É aquilo que a gente não diz diretamente, mas está nas entrelinhas, na pausa da fala, na vírgula colocada, na saliva deglutida.
Silas é fantástico nisso. Ouçam duas, três vezes o que ele diz após o jogo e entenderão muito do que acontece internamente no Avaí.
Agora, é claro, exigir de nossos "analfabetos funcionais", em nossa mídia, que entendam isso, é pedir que chova no Saara.
Lu!
Tens toda razão! Em geral os comentários de Silas fecham com o jogo que a gente vê. Já quando escutamos os "especialistas", fica difícil entendermos o que aconteceu...
Esperamos continuar contando com tua colaboração.
Abraços!
Chuleta Avaiana
Alexandre!
Daqui a pouco, cremos que não ouviremos mais o Silas. O cara deu uma entrevista no sábado e aquele colunista, filhote do lenhador de bonsai, publicou que Silas já está visando a Libertadores, quando na verdade, o técnico afirmou que, se nas próximas 5 ou 6 rodadas tivermos êxito, poderemos rever os objetivos...
Intelectualóides funcionais são sempre um problema!
Abraços!
Chuleta Avaiana
Ah, mas eu dei uns pitacos nele. O infeliz se acha com a razão, porque é jornalista.
E quer aparecer como o cara que tem "a informação mais crível." Pode isso?
É um banana sem cacho e palhaço sem palco.
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