quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O Asno, a Raposa e o Leão

Por Alexandre Carlos Aguiar

Um certo bairro da cidade, lá pelos lados do Continente, vive tempos infelizes, em função de acordos e tratados estranhos feitos no passado. E para isto eu recorro às fábulas.
Gosto muito das fábulas, especialmente aquelas do grego Esopo, ou do francês La Fontaine. Elas nos contam verdades escondidas.

As fábulas são historinhas de ficção, de apelo popular, geralmente ligadas à mitologia ou mesmo a atos do cotidiano, ilustrando um preceito, uma regra social, ou um ensinamento. Quando criança gostava muito de ler tais peças da literatura, pois me encantavam, e aprendi muito com elas.

Adorava muito uma que falava de dois amigos, um Asno e uma Raposa, que se embrenhavam na selva à procura de alimentos. Eles haviam feito um pacto, de que tudo o que encontrassem eles dividiriam, para o resto da vida, dependendo assim um do outro.
A Raposa comia quase de tudo, não rejeitava nada, era glutona por excelência, mas o Asno era fanático por brócolis, olha só que coisa! Adorava, também, ler muito, pois tinha um hobby todo especial: juntar LETRAS e formar novas palavras. Bonitinho esse Asno, não?
Num belo dia, em suas andanças pelas matas, ambos engordando a olhos vistos, encontraram o Leão. Um Leão forte, robusto e imponente, que andava aterrorizando a vizinhança. A Raposa, vendo o perigo iminente, aproximou-se do Leão e propôs um acordo: ajudava a capturar o Asno em troca de poder se safar. Diante do compromisso assumido do Leão, a Raposa atraiu o Asno a uma profunda gruta e o convenceu a entrar lá dentro. O Leão, vendo que o Asno já estava assegurado, atacou a Raposa e quando achou mais conveniente também atacou Asno.

Moral da história: O Leão não faz acordos espúrios, é um predador e é da sua natureza agir assim. Infelizes são aqueles que, para poder safar suas peles, entregam seus amigos.

Qualquer semelhança com a realidade que você, leitor, esteja vendo, é puro preconceito. Pô, leitor, isso é só uma fábula.

4 comentários:

André Sezerino disse...

Se criatividade matasse estavas morto! Muito boa esta fábula, haha!

Abraço

Nesi Brina Furlani disse...

Estava pensando em fazer um comentário, mas não vou, pois afinal não entendi nada da fábula. Uma coisa é verdade. Este blog está cômico, imperdível.

Blog da Chuleta Avaiana disse...

André!
O Alexandre às vezes se supera...
Abraços!
Chuleta Avaiana

Blog da Chuleta Avaiana disse...

Obrigado, dona Nesi!
Mesmo que a senhora não tenha entendido, sua participação é muito importante.
A questão é que o Alexandre gosta de ser enigmático.
Abraços!
Chuleta Avaiana