Por Alexandre Carlos Aguiar
Não temos o melhor time do mundo, mas este é o mundo do melhor time que temos.
Tá, eu sei, é uma parlenda infeliz, mas ela reflete a realidade, a nossa realidade.
Até agora, após esse caminhão sem freio carregado de tijolos e descendo a ladeira desgovernado que nos abalroou, só tenho lido e ouvido as manifestações de caça aos erros, de enfatização de nossa ruindade, de demonstração da mais absoluta instabilidade quanto à capacidade de nosso técnico, de discursos soltos, chulos, de percepção de jogadores desta ou daquela série que podem ou não podem jogar aqui ou ali, etc, etc, etc.
Os imbecis e “ixpecialistas” de futebol, aqueles que só comentam o que vêem, até semana passada diziam que havíamos dado o famoso nó tático no Barueri (quem mesmo?), que Muriqui era o cara, Marquinhos é seleção, Luis Ricardo cumpria bem o papel da ala, William seria imprescindível lá na frente, a zaga era portentosa e por aí vai. Neste jogo perdemos apenas o Rafael e o mundo desabou. Até Silas, o eterno “quase-técnico”, que põe o time pra jogar, mas não chuta e nem defende, numa hora é louvado e em outra é escorraçado. Já tem gente revendo a proposta de ele ficar para o ano que vem na Ressacada. Estou desconfiado que vão até recolher a tal faixa dada em homenagem ao presidente, e trazer aquela antiga. Tudo isso porque alguém, em algum lugar, diga-se a torcida em peso, imaginou que tínhamos o melhor time do mundo, aquele que não pode perder e se perder pro lanterna, fechem as portas e o último apague a luz. Confesso que até eu caí nessa.
“Pô, mas perdemos pro Fluminense!” E daí?
O melhor time que temos em SC, atualmente, jogando em nível nacional é o do Avaí. Há outros, em outras divisões, mas quem está apresentando um melhor futebol é o nosso. Essa afirmação só repele quem não entende de futebol, ou é de outra torcida.
“Ah, por favor, mais um discurso auto-ajuda?”
Não, só quero chamar a atenção para que, na próxima partida, se o Marquinhos der um chapéu num zagueiro, se o Muriqui fizer um gol de placa, ou se o Martini fizer a defesa do Gordon Banks, que não mais nos achemos o Real Madrid do sul do mundo.
Estou chamando a atenção para as atitudes provincianas e emburrecentes, de fazermos faixas e cartazes para este ou aquele toda a vez que ganharmos de goleada ou aparecermos no Fantástico, e depois execrarmos tudo no dia seguinte a uma derrota que faça parte do campeonato. O jogo é jogado e o lambari é pescado.
Perdemos pro Fluminense, um arremedo de time? Que se lixe, vamos ganhar outras e a vida segue.
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Não temos o melhor time do mundo, mas este é o mundo do melhor time que temos.
Tá, eu sei, é uma parlenda infeliz, mas ela reflete a realidade, a nossa realidade.
Até agora, após esse caminhão sem freio carregado de tijolos e descendo a ladeira desgovernado que nos abalroou, só tenho lido e ouvido as manifestações de caça aos erros, de enfatização de nossa ruindade, de demonstração da mais absoluta instabilidade quanto à capacidade de nosso técnico, de discursos soltos, chulos, de percepção de jogadores desta ou daquela série que podem ou não podem jogar aqui ou ali, etc, etc, etc.
Os imbecis e “ixpecialistas” de futebol, aqueles que só comentam o que vêem, até semana passada diziam que havíamos dado o famoso nó tático no Barueri (quem mesmo?), que Muriqui era o cara, Marquinhos é seleção, Luis Ricardo cumpria bem o papel da ala, William seria imprescindível lá na frente, a zaga era portentosa e por aí vai. Neste jogo perdemos apenas o Rafael e o mundo desabou. Até Silas, o eterno “quase-técnico”, que põe o time pra jogar, mas não chuta e nem defende, numa hora é louvado e em outra é escorraçado. Já tem gente revendo a proposta de ele ficar para o ano que vem na Ressacada. Estou desconfiado que vão até recolher a tal faixa dada em homenagem ao presidente, e trazer aquela antiga. Tudo isso porque alguém, em algum lugar, diga-se a torcida em peso, imaginou que tínhamos o melhor time do mundo, aquele que não pode perder e se perder pro lanterna, fechem as portas e o último apague a luz. Confesso que até eu caí nessa.
“Pô, mas perdemos pro Fluminense!” E daí?
O melhor time que temos em SC, atualmente, jogando em nível nacional é o do Avaí. Há outros, em outras divisões, mas quem está apresentando um melhor futebol é o nosso. Essa afirmação só repele quem não entende de futebol, ou é de outra torcida.
“Ah, por favor, mais um discurso auto-ajuda?”
Não, só quero chamar a atenção para que, na próxima partida, se o Marquinhos der um chapéu num zagueiro, se o Muriqui fizer um gol de placa, ou se o Martini fizer a defesa do Gordon Banks, que não mais nos achemos o Real Madrid do sul do mundo.
Estou chamando a atenção para as atitudes provincianas e emburrecentes, de fazermos faixas e cartazes para este ou aquele toda a vez que ganharmos de goleada ou aparecermos no Fantástico, e depois execrarmos tudo no dia seguinte a uma derrota que faça parte do campeonato. O jogo é jogado e o lambari é pescado.
Perdemos pro Fluminense, um arremedo de time? Que se lixe, vamos ganhar outras e a vida segue.
5 comentários:
Alexandre meu Camarada, o problema não é perder! Até porque nessa vida é natural perder mais do que ganhar. O problema foi a maneira e o momento da derrota.
Até agora ainda não digeri a “entrega” desses três preciosos pontos para o medíocre e rebaixado time do Fluminense. Não posso aceitar que “terceiros” façam caridade ou filantropia usando minha “Paixão e Sentimento” como oferenda. Se os “Bons Pastores” da Ressacada querem ajudar o “carente e necessitado” Roberto Horcades, que o façam com seus recursos próprios e particulares. E não se esqueçam de erguer os braços aos céus! Por que “Deus é Fiel”.
Imortais Saudações Avaianas
Coração de Leão
Pois é, meu hermano Heart. Perder é perder. Não tem fórmula. Não tem modelo pronto pra perder.
Ninguém chega numa competição com uma manual dizendo assim: "olha, vocês percam com dignidade." Não existe isso. O sujeito vai num dia ruim e perde. E pronto!
"Ah, mas o Zunino mandou entregar o jogo." Bom, aí entra numa zona perigosa. Eu, sinceramente, não entro nessa.
Vamos ser sinceros e deixar de hipocrisia, todos nós conspiramos. Desde que nascemos fazemos uma manhazinha para mãe nos dar um aconchego, uma mamadeira, nos paparicar. E quando adultos gostamos que as coisas rodem à nossa volta. O humano, esse bicho preguiça, gosta mesmo é de se dar bem. Só que, mais dia, menos dia, a mentira aparece. A mentira tem perna curta, já dizia o homem do sapato branco. Então, vamocumbiná, alguém com ao menos dois neurônios, consegue imaginar que um grupo de jogadores, uma comissão técnica, diretores, jornalistas e mais alguns agregados que acompanham o time sejam capazes de mentir em bloco, todo mundo unido em torno de uma causa, que é entregar o jogo e ajudar o Flu-caído, e ninguém dá com a língua nos dentes?
Por favor, nessa eu não caio.
Perdemos porque fomos incompetentes. E teje dito!
Coração e Alexandre!
Voces estão convidados a tirar a prova dos 9 na próxima Chuleta...
Os dois tem razão e nenhum dos dois tem razão!
Somos apaixonados pelo nosso time e não queremos perder nunca!
Está marcado: domingo tem Chuleta!
Abraços!
Chuleta Avaiana
Mas acho que não ficou claro. Não estou dizendo que devemos perder, que perder é bom, que não me importo em perder.
Estou dizendo que faz parte perder.
O problema é que a cada derrota o mundo vira, tudo é uma m..., derruba a Ressacada, aquilo que na semana passada era o melhor time do mundo agora é dublê do Ibis. Caramba, que volúveis nós somos!
É esse o ponto que quero discutir.
Eu estou irritado com essa postura da torcida de maria-vai-com-as-outras, sem posicionamento próprio.
Quer dizer que agora, cada vez que a gente perder, é porque estamos entregando o jogo? Já ouvi essa palhaçada naquele jogo com a Chapecoense, naquela derrota por 1X0, inclusive por quem hoje pinta de assessor do homem.
Se tem uma coisa que eu detesto é hipocrisia.
Alexandre!
Perder! Empatar! Ganhar!
Tens razão no tocante as maria-vai-com-as-outras...
Não é o caso do Coração de Leão, avaiano desde sempre.
A questão é que a campanha está tão boa, que a galera ficou como aquele pagode: mal acostumada...
Abraços!
Chuleta Avaiana
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