Por Alexandre Carlos Aguiar
Os bichos-cricri da famosa Granja Comigo Boi Não Dança, ou mais conhecida pelas iniciais CBN-D, a Raposa Felpuda, maledicente e ardilosa, o Sapo Duende, encrenqueiro e eterno inconformado, o Bode Espanhol, velho, muito velho e carcomido, o Ratão do Banhado, que não deu certo em lugar algum e acabou dando na Granja e o Morcego Moicano, que posa de intelectual para fazer gênero, reuniram-se mais uma vez na janela para apreciar a paisagem. E fofocar um pouco, é claro.
O divertido e serelepe Macaco Flor de Lis, chegando de fininho ao ver seus amigos reunidos, puxa-saco emérito do dono da Granja do Vizinho, comentou a respeito do Domador do Leão:
- Chegou um novo domador para o Leão, vocês sabiam?
- Quem é, quem é? – Quis saber, fogosa, a Raposa.
- Chamusca!
- Quê!? – Cuspiu-se o Sapo Duende, ajeitando a dentadura. – Eles querem botar fogo em alguém?
- Não, rapaz, - consertou o Macaco Flor de Lis. – esse é o nome dele.
- Hãhãhã, pode acreditar. Vai errar muito.
- Mas como? – Interveio a Raposa. – O homem nem estreou.
- Ah, mas com um nome desses é lógico que vai errar. Tás tolo?
- Chegou aqui a informação, - começou o Ratão – de que vão ampliar o Circo do Deba. Dizem que vão colocar vidros no lugar do alambrado.
- Ih, não vai dar certo! – Interveio o Sapo. – Vidro é coisa de janela e lá no Circo do Deba não tem esse negócio de janela, não.
- É preciso ressaltar, - quis comentar o Morcego Moicano – que na Europa se usa essa tecnologia como forma de contenção das torcidas.
- Ei, ei! – Apressou-se o Bode Espanhol. – De Europa entendo eu. Isso não é verdade, embora tu estejas coberto de razão.
- Pô, contraditório, como sempre, hein Bode. – Exclamou o Sapo.
- Interessante, não, esse negócio do vidro. – Comentou a Raposa. – Por falar em janela, como andam as coisas lá na Granja do Vizinho, Flor de Lis?
- Olha, guru, o troço tá feio! Soube que aplicaram veneno pra rato no celeiro e os bichinhos estão fugindo feitos loucos, debandaram.
- E o cavalo que comia brócolis pela raiz, já chegou? – Perguntou o Sapo Duende.
- Chegou e já saiu. Ele disse que veneno de rato lhe faz mal. Logo ele, que tanto colaborou pra acabar com os ratos no passado, comprou aquele dicionário pra alfabetizar alguns deles, encheu as dependências da Granja de janelas. E agora o pessoal o está magoando, diz ele.
- Buááá! Que história comovente. – Lacrimejou-se a Raposa.
- Eu também estou triste, - completou o Macaco flor de Lis – pois o café das segundas-feiras acabou.
- Então tudo leva a crer - interveio o Morcego – o quê? Que a Granja do vizinho faliu de vez.
- Buááá! Que será de nós? – Comoveu-se mais uma vez a Raposa.
- Quando eu morava na Espanha os times faliam e subiam a toda hora. Isso é assim mesmo. – Completou o Bode.
- Chega aqui a informação de que o antigo Domador do Leão está se dando muito bem no outro circo. O Circo do Cof-Cof. – Informou o Ratão.
- Ah, mas agora ele trabalha com um amigo da nossa Granja. – Aplicou-se em informar o Macaco Flor de Lis. – A Granja Comigo Boi Não Dança e o Circo deles tem uma parceria de política de boa vizinhança.
- Pois é, será que vamos continuar a ser ignorantes? – Perguntou o Sapo.
- Ignorantes nós sempre fomos. – Completou a Raposa. – Mas agora não terá mais ninguém pra dizer isso.
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Os bichos-cricri da famosa Granja Comigo Boi Não Dança, ou mais conhecida pelas iniciais CBN-D, a Raposa Felpuda, maledicente e ardilosa, o Sapo Duende, encrenqueiro e eterno inconformado, o Bode Espanhol, velho, muito velho e carcomido, o Ratão do Banhado, que não deu certo em lugar algum e acabou dando na Granja e o Morcego Moicano, que posa de intelectual para fazer gênero, reuniram-se mais uma vez na janela para apreciar a paisagem. E fofocar um pouco, é claro.
O divertido e serelepe Macaco Flor de Lis, chegando de fininho ao ver seus amigos reunidos, puxa-saco emérito do dono da Granja do Vizinho, comentou a respeito do Domador do Leão:
- Chegou um novo domador para o Leão, vocês sabiam?
- Quem é, quem é? – Quis saber, fogosa, a Raposa.
- Chamusca!
- Quê!? – Cuspiu-se o Sapo Duende, ajeitando a dentadura. – Eles querem botar fogo em alguém?
- Não, rapaz, - consertou o Macaco Flor de Lis. – esse é o nome dele.
- Hãhãhã, pode acreditar. Vai errar muito.
- Mas como? – Interveio a Raposa. – O homem nem estreou.
- Ah, mas com um nome desses é lógico que vai errar. Tás tolo?
- Chegou aqui a informação, - começou o Ratão – de que vão ampliar o Circo do Deba. Dizem que vão colocar vidros no lugar do alambrado.
- Ih, não vai dar certo! – Interveio o Sapo. – Vidro é coisa de janela e lá no Circo do Deba não tem esse negócio de janela, não.
- É preciso ressaltar, - quis comentar o Morcego Moicano – que na Europa se usa essa tecnologia como forma de contenção das torcidas.
- Ei, ei! – Apressou-se o Bode Espanhol. – De Europa entendo eu. Isso não é verdade, embora tu estejas coberto de razão.
- Pô, contraditório, como sempre, hein Bode. – Exclamou o Sapo.
- Interessante, não, esse negócio do vidro. – Comentou a Raposa. – Por falar em janela, como andam as coisas lá na Granja do Vizinho, Flor de Lis?
- Olha, guru, o troço tá feio! Soube que aplicaram veneno pra rato no celeiro e os bichinhos estão fugindo feitos loucos, debandaram.
- E o cavalo que comia brócolis pela raiz, já chegou? – Perguntou o Sapo Duende.
- Chegou e já saiu. Ele disse que veneno de rato lhe faz mal. Logo ele, que tanto colaborou pra acabar com os ratos no passado, comprou aquele dicionário pra alfabetizar alguns deles, encheu as dependências da Granja de janelas. E agora o pessoal o está magoando, diz ele.
- Buááá! Que história comovente. – Lacrimejou-se a Raposa.
- Eu também estou triste, - completou o Macaco flor de Lis – pois o café das segundas-feiras acabou.
- Então tudo leva a crer - interveio o Morcego – o quê? Que a Granja do vizinho faliu de vez.
- Buááá! Que será de nós? – Comoveu-se mais uma vez a Raposa.
- Quando eu morava na Espanha os times faliam e subiam a toda hora. Isso é assim mesmo. – Completou o Bode.
- Chega aqui a informação de que o antigo Domador do Leão está se dando muito bem no outro circo. O Circo do Cof-Cof. – Informou o Ratão.
- Ah, mas agora ele trabalha com um amigo da nossa Granja. – Aplicou-se em informar o Macaco Flor de Lis. – A Granja Comigo Boi Não Dança e o Circo deles tem uma parceria de política de boa vizinhança.
- Pois é, será que vamos continuar a ser ignorantes? – Perguntou o Sapo.
- Ignorantes nós sempre fomos. – Completou a Raposa. – Mas agora não terá mais ninguém pra dizer isso.
7 comentários:
Não podia ser melhor.
Parabéns!
Fábio Azurra
Excelente estas cronicas da Granja..
Merecem um livro!!!
Geoge Orwel com "A Revolução dos Bichos" ficaria com inveja...
Norton
O triste é saber que toda essa bicharada (Ui) vai morrer de fome no final...
abs!
Ao final de 2010 teremos o melhor livro de "rábulas", digo, fábulas.
Tinha que achar alguém pra fazer um desenho dessa granja.
Cavalinho desparou com essa, heim Alexandre!...
bju da Cheirosa!
Norton, eu estou juntando esse negócio, vou dar uma remodelada e ver no que vai dar.
Quem sabe sai uma animação da Pixar. hehe
Ói, ói, ói, a Jamira, ó.
Faz tempo, hein, Cheirosa?
Ah, tá, estás ocupada. hehe
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