segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Eles ouviram o hino...

“Na Ilha formosa
cheia de graça
O time da raça
É povo é gente
É bola pra frente
É só coração
O meu Avaí”

É assim que começa o hino do Leão, e parece que os jogadores ouviram o hino, antes da partida com a Chapecoense, no último sábado.

Como em 2009, Avaí e Chapecoense fizeram um jogo muito equilibrado, disputado, decidido no detalhe, no último minuto de jogo.

E como em 2009, o Avaí venceu por 1 a 0 e repetiu o placar contra o Verdão do Oeste.

Infelizmente, a torcida avaiana teve que se contentar com outro time misto. O técnico Péricles Chamusca perdeu alguns jogadores contundidos, como Gabriel e Caio, outros sem condição física, como Batista e Sávio, e o que é pior, alguns por falta de documentação, como Emerson Nunes e Patric.

O toque de bola no meio de campo prevaleceu em relação as chances de gols criadas. A Chapecoense veio para não perder, ou no mínimo, não levar a goleada que levou na final de 2009.

Eltinho, o autor do gol avaiano, foi o jogador mais agudo no Leão. Pela ala esquerda, tornou-se o melhor homem em campo.

A Chapecoense, num jogo equilibrado, teve suas chances de gol através de Rafael Morisco e de Tuto, que chutou uma bola na trave de Zé Carlos.

O primeiro tempo terminaria sem maiores alterações, até que o confuso árbitro Jefferson Schmidt, expulsou Uendel, que levou seu segundo cartão amarelo no jogo. O árbitro ainda mais dois cartões amarelos na primeira etapa. Mas, no lance da expulsão do meia avaiano, o árbitro foi ludibriado por uma simulação do lateral Badé, que jogou-se ao chão ao perceber a chegada de Uendel.

No segundo tempo, a Chapecoense veio para cima do Avaí, em função de sua superioridade numérica. Mas não conseguiu traduzir em gol seu ímpeto inicial e acabou outra vez deixando o jogo ficar equilibrado, como quando os times estavam completos.

Cada time foi alternando suas chances de gol, com o Avaí dependendo da correria de Roberto e dos dribles de Laércio, num ataque muito pouco inspirado.

Medina entrou no lugar de Davi, dando ainda mais velocidade e correria ao ataque avaiano. E num contra-ataque, já que a Chapecoense não deixou de atacar, o meia foi derrubado pelo lateral Badé, dentro da área: pênalti!

Eltinho bateu e marcou, por duas vezes, já que a primeira batida foi anulada em função de invasão de área de Luiz Ricardo. Eram 44 minutos do segundo tempo.


Vídeo: Jamira Furlani

Depois disso, nem os quatro minutos de acréscimo alteraram o jogo...

Com esse resultado, o Avaí chegou a sete pontos no Catarinense, fruto de duas vitórias e um empate, e terminou a rodada isolado na segunda colocação.

Individualmente, tivemos as boas atuações de Zé Carlos, tranqüilo, seguro, sempre que foi exigido, assim como de todo o trio de zaga, dessa vez formado por Cleiton, Rafael e Emerson. Rafael e Emerson são titulares absolutos e a terceira vaga ficará entre Gabriel e Emerson Nunes, com Cleiton servindo de opção.

Nas alas, Eltinho reinou absoluto, sendo o melhor em campo. Luiz Ricardo, pela direita, teve uma atuação útil, sem aparecer para a torcida, mas importante na marcação.

No meio campo, Rudinei esteve bem, com bom passe e bom toque de bola. Mas, sentiu o pouco entrosamento com um time totalmente novo.
Uendel foi prejudicado pela arbitragem com a expulsão, mas vinha fazendo seu trabalho com bom desempenho. Davi mostrou que tem habilidade, mas lhe falta um companheiro. Foi substituído por Medina, que pouco acrescentou, apenas impondo correria e sofrendo o pênalti, que resultou no gol da vitória.
Nosso ataque foi o ponto negativo da equipe. Roberto não conseguiu acertar nada, em três jogos. Se substituto, Robertinho, não disse a que veio. Leonardo também não reeditou seus melhores momentos, e Laércio “Carreirinha”, muito ciscou, mas nada jogou.

Péricles Chamusca levou sorte em seu primeiro jogo. O time está muito mexido, sem os atletas que devem ser os titulares. Vamos dar tempo ao homem, para mostrar seu serviço.

Ficha técnica
Avaí 1 x 0 Chapecoense
Data: 23 de janeiro de 2010
Local: Ressacada
Horário: 17 horas
Gol: Eltinho (Avaí), aos 44 do segundo tempo;
Cartão Vermelho: Uendel (Avaí)
Cartões Amarelos: Silvio Bido, Anelka, Luís André, João Rodrigo, Tuto, Rafael Santiago, Morisco, Badé (Chapecoense); Uendel (Avaí)
Arbitragem: Jefferson Schmidt, auxiliado por Carlos Berkembrock e Maíra Americano Labes

Avaí: Zé Carlos; Cleiton, Rafael e Emerson; Luís Ricardo, Rudnei, Uendel, Davi (Medina) e Eltinho; Roberto (Robertinho) e Leonardo (Laércio)
Técnico: Péricles Chamusca

Chapecoense: Nivaldo; Silvio Bido (Emerson Cris), Anelka (Willian Amaral) e Morisco; João Rodrigo, Luís André, Cadu Gaúcho, Mazinho (Rafael Santiago) e Badé; Waldison e Tuto
Técnico: Mauro Ovelha

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