
Por Alexandre Carlos Aguiar
Eu sempre procurei pautar a minha vida pela honestidade, pela retidão de caráter. Meu querido pai me ensinou a ser assim. É desnecessário ter que expor isso, parece piegas, mas numa cultura como a nossa tal epíteto parece ter que estar ligado ao CPF e ao RG de cada um. Tu tens que te apresentar, além da categorização de cidadão, dos atestados de vacina e dos documentos bancários, com um sonoro “sou honesto”.
Digo isto por que me incomoda, sobejamente, a sensação de estar sendo passado para trás, a de alguém “espertinho” se apresentar como um “bom camarada”, mas pelas tuas costas estar maquinando algo a te prejudicar. Incomoda-me comprar carne por um preço dado ao seu quilo e se verificar, mais tarde, que o peso está aquém do preço pagado por ele. Incomoda-me, muito, ser roubado por quem tu depositas confiança.
Não gosto dos mentirosos que se fazem de vítima, daqueles arrudas e que tais que cada vez mais aparecem na TV a chorar desmazeladamente por algo descoberto devido ao seu dedo sujo, quando a vítima somos nós, os parvos e abobados que, um dia, havíamos lhes dado créditos. Todos os chorões cínicos me incomodam.
Incomodam-me, muito, aqueles políticos que se abraçam a dirigentes de federações de futebol e presidentes de clubes antes de finais de campeonato, sorridentes, felizes, receptivos e sobranceiros, e constatamos, ao final, que havia nuvens nebulosas cercando o encontro. Isso me causa nojo, asco, ânsias e percebo que alguma coisa entre o estômago e o esôfago quer voltar.
Incomodam-me os árbitros de futebol, cuja única e imprescindível tarefa é julgar os eventos num campo de jogo seguindo uma lei, uma regra, uma norma de conduta, mas que adotam uma postura direcionada para um “arranjo de resultados”, preferido, aliás, por aqueles que se abraçaram anteriormente, sob as nuvens carregadas.
E me incomoda também que pessoas tidas como críticas, inteligentes e também honestas achem tudo isso normal, afinal a “nossa cultura é essa mesma e quem não quiser ser passado pra trás deve se adequar ao ritmo”.
Eu, não! Eu não quero me adequar ao ritmo e não acho nada disso normal. Não acho normal que isso seja do futebol, os erros acintosos de arbitragem, direcionados por algum acordo. Que todos se adéqüem isso sim, à honestidade.
Não me movo por teorias conspiratórias, apanágio dos fracos existenciais, todavia sou um homem de academia, das ciências, e coloco tudo no vasto cesto das dúvidas, num mundo sob suspeita. Não deveria ser assim, mas é assim que as coisas parecem ser conduzidas. A honestidade, infelizmente, não está na aparência, mas no ato.
Espero, sinceramente, que no segundo turno do campeonato catarinense que se inicia neste fim de semana as nuvens se dissipem, os arranjos sejam apenas dos treinadores com seus esquemas táticos, os abraços sejam dos jogadores fazendo seus gols, e os apitadores sigam as regras do futebol e não as dos conchavos e conluio de bastidores, para que um campeão seja obtido verdadeiramente no campo, e não com uma aura de bailarinos de ocasião. Até por que, um dia isso volta, com juros, correções e punições as mais diversas. Alguns, que se beneficiaram por longos anos com a prática, já sentem isso na pele.
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Eu sempre procurei pautar a minha vida pela honestidade, pela retidão de caráter. Meu querido pai me ensinou a ser assim. É desnecessário ter que expor isso, parece piegas, mas numa cultura como a nossa tal epíteto parece ter que estar ligado ao CPF e ao RG de cada um. Tu tens que te apresentar, além da categorização de cidadão, dos atestados de vacina e dos documentos bancários, com um sonoro “sou honesto”.
Digo isto por que me incomoda, sobejamente, a sensação de estar sendo passado para trás, a de alguém “espertinho” se apresentar como um “bom camarada”, mas pelas tuas costas estar maquinando algo a te prejudicar. Incomoda-me comprar carne por um preço dado ao seu quilo e se verificar, mais tarde, que o peso está aquém do preço pagado por ele. Incomoda-me, muito, ser roubado por quem tu depositas confiança.
Não gosto dos mentirosos que se fazem de vítima, daqueles arrudas e que tais que cada vez mais aparecem na TV a chorar desmazeladamente por algo descoberto devido ao seu dedo sujo, quando a vítima somos nós, os parvos e abobados que, um dia, havíamos lhes dado créditos. Todos os chorões cínicos me incomodam.
Incomodam-me, muito, aqueles políticos que se abraçam a dirigentes de federações de futebol e presidentes de clubes antes de finais de campeonato, sorridentes, felizes, receptivos e sobranceiros, e constatamos, ao final, que havia nuvens nebulosas cercando o encontro. Isso me causa nojo, asco, ânsias e percebo que alguma coisa entre o estômago e o esôfago quer voltar.
Incomodam-me os árbitros de futebol, cuja única e imprescindível tarefa é julgar os eventos num campo de jogo seguindo uma lei, uma regra, uma norma de conduta, mas que adotam uma postura direcionada para um “arranjo de resultados”, preferido, aliás, por aqueles que se abraçaram anteriormente, sob as nuvens carregadas.
E me incomoda também que pessoas tidas como críticas, inteligentes e também honestas achem tudo isso normal, afinal a “nossa cultura é essa mesma e quem não quiser ser passado pra trás deve se adequar ao ritmo”.
Eu, não! Eu não quero me adequar ao ritmo e não acho nada disso normal. Não acho normal que isso seja do futebol, os erros acintosos de arbitragem, direcionados por algum acordo. Que todos se adéqüem isso sim, à honestidade.
Não me movo por teorias conspiratórias, apanágio dos fracos existenciais, todavia sou um homem de academia, das ciências, e coloco tudo no vasto cesto das dúvidas, num mundo sob suspeita. Não deveria ser assim, mas é assim que as coisas parecem ser conduzidas. A honestidade, infelizmente, não está na aparência, mas no ato.
Espero, sinceramente, que no segundo turno do campeonato catarinense que se inicia neste fim de semana as nuvens se dissipem, os arranjos sejam apenas dos treinadores com seus esquemas táticos, os abraços sejam dos jogadores fazendo seus gols, e os apitadores sigam as regras do futebol e não as dos conchavos e conluio de bastidores, para que um campeão seja obtido verdadeiramente no campo, e não com uma aura de bailarinos de ocasião. Até por que, um dia isso volta, com juros, correções e punições as mais diversas. Alguns, que se beneficiaram por longos anos com a prática, já sentem isso na pele.
4 comentários:
putz, a ferida de alguns aqui em sc deve estar doendo !!! ESTE Ó CAMPEONATO DO DOUTOR !!!
Pois é, Paulo!
Pelo que foi visto na final do turno, todo o cuidado é pouco.
O texto do Alexandre C. Aguiar é uma reflexão sobre toda essa "lama"...
Tá com cara do "Dotô" mesmo.
Abraços!
Chuleta Avaiana
Alexandre quanto tu irás escrever um livro sobre as patifarias do futebol catarinense? Quero ser o primeiro a comprar!!!!
É a lama! É a lama!
E daquela mais fedida.
Sergio, já revelei que a idéia é boa e que isso, um livro com essas coisas, me daria uma prazer enorme em escrever. Só temo que a partir daí terei que mudar de cidade e de identidade. hehe
Mas eu já pensei nisso, sim.
Abraços
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