Por: Sandro Azevedo*Salve Alvicelestes,
O tempo não foi de chuva e o futebol do leão também não foi de gala, mantivemos o jejum de vitórias e iniciamos uma crise. Depois de uma seqüência maravilhosa contra as potências paulistas, nosso time desandou e não mede esforços para alcançar o Z-4. Nossa torcida se empolgou e achamos que seria possível buscar uma vaga na libertadores, contudo, “coisas estranhas” estão acontecendo na ressacada e nosso grupo de guerreiros desapareceu, pois a garra habitual que ressurgiu após a copa do Mundo, simplesmente evaporou depois do confronto contra o Corinthians.
Alguns atletas parecem que entram em campo forçados, Vandinho não consegue nem dominar a bola, Davi voltou ao seu normal, Eltinho apenas entra em campo, Patrick depois do “descanso” contra o Botafogo não joga mais, Caio que estava doente jogou bem, mas não foi suficiente, enfim, um time apático, com breves ressuscitações durante os jogos, mas não o suficiente para o coração avaiano voltar a bater forte e constante, possibilitando uma nova caminhada de sucesso.
O jogo deste domingo foi digno de segundona, um Atlético muito aplicado na marcação e um leão com extrema dificuldade de encaixar as jogadas. Para complicar, Válber se chocou com o atleta paranaense e saiu de campo mais cedo, cedendo lugar ao lento Davi. O primeiro tempo foi muito fraco, com apenas uma chance de cada lado, sendo a nossa com Vandinho, mas o goleiro não precisou fazer muito esforço para agarrar o displicente chute de nosso - quem sabe na próxima temporada - artilheiro.
Na segunda etapa as coisas não mudaram muito, com exceção para algumas alterações nos times. Pelo lado azurra, Davi teve a melhor chance, num lançamento de sorte a zaga atleticana falhou, o atleta azurra saiu 20 metros na frente, mas o peso da feijoada permitiu que a zaga do time visitante chegasse na frente, travando o chute e evitando qualquer possibilidade de gol. Já no desespero Emerson foi para o ataque e arriscou um chute, mas sem direção, para nossa azar, na cobrança do tiro de meta, um leve desvio no meio campo e justamente Emerson dormiu no ponto, o jogador atleticano entrou sozinho e estufou a rede aos 48 minutos.
Por fim, definitivamente vamos brigar para fugir do rebaixamento, não será apenas no discurso, o grupo avaiano tinha uma meta de alcançar no fim desse primeiro turno, entre 28 e 30 pontos, mas estacionamos nos 23, ficando muito próximos da zona da degola. Como Zunino havia afirmado, este grupo é mais barato, por outro lado é menos qualificado e se depender de alguns juniores, disputaremos a segundona em 2011. Portanto, voltamos à realidade, devemos colocar os pés no chão e efetivamente tentar fugir do iminente rebaixamento no fim deste ano!
Um abraço.
*Sandro Azevedo é advogado, sócio e torcedor do Avaí. Jogador muito amador, mas sempre leal do time Traíras. Também conhecido pelo pseudônimo Coelho, foi convidado especial para assistir (na torcida do time da casa) de corpo presente Chororo 1 x 7 tricolor, uma noite inesquecível.
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2 comentários:
Caro Sandro.
As vitórias escondem as “coisas estranhas” que ocorrem nos bastidores, as derrotas as colocam veladamente à tona.
Não sou expert em tática e técnica de futebol mas sei que ninguém desaprende jogar futebol de uma hora para outra, porém posso deduzir que realmente algumas coisas estranhas devem estar ocorrendo. Chuto algumas:
1- A torcida não se sente mais importante ao time. Foi excluida de tudo.
2- A diretoria só pensa em ampliação do estádio em detrimento de contratações.
3- Ressentimentos causados por enormes diferenças salariais entre os jogadores.
4- Problemas com a parceria, onde a palavra "inveja" já foi anunciada.
Esse filme triste já passou num cinema do Estreito.
Prezado,
Os salários, não acredito que sejam problema, pois o time voltou bem após a copa, agora estranho mesmo foi aquele descanso diante do Botafogo...depois disso o time despencou...
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