“Às Vera”

Existem notícias de que as civilizações egípcias e romanas conheciam a arte dos jogos com bolinhas. Estas eram feitas de mármore (vindo daí o nome em inglês do brinquedo "Marbles" (lascas de mármore), alabastro e cerâmica, madeira e até ossos de animais. Na Grécia antiga, as crianças jogavam com castanhas e azeitonas. Em Roma, com nozes e avelãs. Em um túmulo de uma criança egípcia, foram encontradas bolinhas feitas de pedras polidas, jade e ágata, datadas de 1.450 a.c.

O jogo era tão popular na Roma dos Césares, onde era conhecido como "esbothyn", que o Imperador César Augusto, tinha o costume de parar na rua para assistir às partidas. Acabou sendo difundido pelo Império por meio das legiões Romanas, ganhando assim o mundo. Jogo tipicamente infantil, percorreu os séculos chegando até os dias de hoje. O nome "gude" deriva de "gode", do provençal, que significa "pedrinha redonda e lisa".

Nos séculos XVIII até o início do século XX, o grande fabricante de bolas de gude foi a Alemanha. Mas a partir daí, difundiu-se a fabricação do brinquedo de um material bem mais barato e acessível, o vidro, dando origem assim, ao brinquedo que hoje conhecemos.

O que esse jogo tem a ver com o AVAÍ? Simples, essa brincadeira podia ser realizada “às brinca” ou “às vera”. Quando realizada “às brinca” não tinha valor, mas quando “às vera” quem perdesse ficava sem a bolinha.

Até agora o torcedor avaiano suportou as derrotas e a baixa qualidade do futebol apresentado, sem esmorecer, por considerar não ser esse o time principal do Leão, entretanto a tolerância e complacência chegaram ao fim. Exigimos um futebol e uma equipe de acordo com a grandeza da nação azurra.

Sabemos que o jogo é um clássico do futebol catarinense, todavia tivemos dois resultados adversos, enquanto que o Criciúma já conseguiu um triunfo, uma goleada pelo placar de 6 x 1, diante da equipe do Concórdia, time sem expressão na Competição. É um bom teste para quem almeja o tricampeonato. Agora é “às vera”! Vamos conferir.

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