O técnico Silas retornou à Ressacada com certa desconfiança por parte da torcida e com muita rejeição por outra parte. Entretanto, aos poucos, foi implantando seu trabalho, ajeitando a equipe e devolvendo o orgulho ao torcedor azurra. Ainda não ganhamos nada neste semestre. Na verdade, estamos com um grande prejuízo, pois perdemos um título certo, um tricampeonato, o qual foi entregue aos clubes do interior.
Nós, torcedores, muitas vezes nos deixamos levar pela paixão e criticamos de maneira desorientada, sem analisar as situações que compõem o problema num todo. Silas pegou um Avai desarrumado, culpa exclusiva da nossa diretoria, a qual contrariou a vontade da torcida e manteve um técnico ultrapassado no comando da nossa equipe no início da temporada. Aliado a isto, um péssimo "planejamento" ajudou a agravar a situação no campeonato estadual e por pouco não respingou na Copa do Brasil, com uma precoce eliminação diante do Ipatinga, apesar da goleada avaiana, não refletiu a dificuldade do jogo.
Ficamos ainda mais assustados, quando Emerson Buck afirmou em entrevista, já no fim do segundo turno, que os jogadores azurras estavam fora de forma, sendo que poderiam alcançar 80% da forma nas finais do estadual e quem sabe 100% no brasileirão. Infelizmente, a diretoria não teve a humildade de assumir o erro e foi levando com a barriga. Apenas Zunino, após a eliminação em Chapecó, de forma discreta, acabou confirmando o que todos sabiam e viam, o planejamento foi mal feito!
Desta forma, Silas foi achando sua forma de jogar, em meio à tantas dificuldades e envolvido por problemas internos que não chegam aos ouvidos dos torcedores. Como se fosse um mineirinho, foi comendo devagar e chegou nas semi finais. O Avaí voltou a ser respeitado, nacionalmente, muitos comentam da força da nossa apaixonada torcida e o poder do caldeirão. Portanto, falta apenas a diretoria avaiana reconhecer seu erro, investir em seu torcedor e encaminhar a classificação inédita à final da Copa do Brasil. Quem sabe assim, Silas marque mais uma página histórica e gloriosa em nossa história, escrevendo certo por linhas tortas.
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