terça-feira, 7 de junho de 2011

Passado de glória

Domingo, e mais uma vez com a cabeça semelhante a um “porongo”, vazia e bicudíssima. Dor, que tenho certeza também irá passar, assim como a dor da derrota e eliminação do Leão na Copa. Sonho de ser Campeão da Copa do Brasil já era, é passado. Mas também é neste momento de cabeça “inchada” que o neto da D.Licinha procura reportar-se ao passado de glórias como um paleativo para a enxaqueca. Afinal, passado de glórias não é para qualquer “timeco”, atleta ou torcedor, e isso temos de sobra.

Avaí, do velho e saudoso campo da Liga, o castigado Pasto do Bode, onde virtuoses do esporte Bretão encaravam com soberania adversários e os irregulares e salientes morrinhos com touceiras traiçoeiras que faziam com que a bola de capotão quicasse para todos os lados como se tivesse vida própria. Tinha que ser “bom”, conhecer a arte do futebol e ao mesmo tempo ser malabarista da bola e acima de tudo honrar o uniforme do clube, defendendo suas cores do início ao último minuto.

Incontáveis craques, ídolos que deixaram seus nomes gravados na gloriosa história do Leão da Ilha. Campeões, Tri campeões, Tetra Campeões: Adolfinho, Fatéco, Danda, Beck, Saul, Bráulio, Nizeta, Tião, Felipinho, Procópio, Rogério, Cavallazzi, Zenon, Veneza, Adilson Heleno, Toninho Quintino, Renato Sá, Oscar Rego, Orivaldo, Lico, Adílio e centenas de outros “lendários” craques que vestiram o manto sagrado.

Félix Magno, Manoel Tourinho, Lauro Burigo, Saul Oliveira, Áureo Maliverni, Sérgio Lopes, José Amorim, Libório Silva, Jorge Ferreira, Roberto Cavalo, Jair Pereira, Adilson Batista, Cuca, Antonio Lopes, alguns técnicos dentre muitos outros.

Aderbal Ramos, Nicolino Tancredo, Amadeu Horn, Celso Ramos, Carlos Loureiro da Luz, Fernando José Caldeira, José Amorim, João Salum, Nereu do Vale Pereira, Flávio Félix, Nilton Dionísio, Abel Capela, Júlio Cesarino da Rosa, Walter Lange, alguns ilustres e inesquecíveis Presidentes.

Tudo bem Marquinhos, assim como o atual Presidente João Zunino, o Técnico Paulo Silas serão sem favor nenhum lembrados, seremos eternamente gratos pelo que fizeram e com certeza ainda muito irão fazer. Mas até então falar: “QUEM ERA O AVAI ANTES DE MARQUINHOS, SILAS E ZUNINO”, foi de uma infelicidade grandiosa.

Torcedores, passionais ou não, ovacionamos, torcemos nos maus e bons momentos, e também como todo ser humano falhamos, assim como você, Marquinhos. Aceitamos as desculpas. Marquinhos, está na cartilha do Mané esquineiro: “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”, e assim como os já “lendários” acima citados e sempre lembrados também foram “ovacionados”, como você, afinal somos passionais e torcedores do AVAI.

E o Avai é isso, um somatório de torcedores apaixonados, diretores dedicados, empregados e atletas. Obrigado Marquinhos, "inquizilado” com a tua partida, mas desejando sucesso no novo desafio. Sempre serás lembrado com carinho, respeito e admiração, não duvides. Nós Avaianos, aguardamos, quem sabe, um “novo” retorno, com o sem “avião de rosca”, descendo na zona do agrião na Ressacada, um “novo” Anjo Louro. Quem sabe?

*Barreto Neto é escritor, pesquisador, historiador, radialista, comentarista esportivo e apresentador de tv. Autor do Blog Esquinas da Minha Ilha

Um comentário:

Sergio Nativo disse...

Nossa Batera envenena é boa, mas como estamos no inverno ela so pega no tranco. Enquanto os cavalos paraguaios riem nos esquentamos nosso motor. Breve tudo voltara a normalidade. Vamo vamos Avai!