quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Remuneração variável no futebol

Na nota "DM bombando", em seu post Bom dia, azurras! de ontem (9), o blogueiro e amigo André Tarnowsky Filho faz o alerta: o departamento médico do Avaí é o lugar mais aconchegante do clube. Anderson Lessa, Leandro Lima, Marcos Paulo, Gian, Cássio, Rafael...a lista é extensa e não para por aí ! Gian, por exemplo, já está há quase quatro meses por lá...

Não seria o momento de implantar um programa de renda variável para estes jogadores ? Com a palavra, o professor Joffrãn da Silva* (foto).


"Lendo algumas notícias nos jornais sobre atletas que estão sem jogar, parados ou até lesionados, me fez pensar uma coisa: quanto esses atletas custam aos cofres dos clubes? Pergunta interessante, vocês não acham? Claro que sim.

Podemos analisar a situação desses jogadores sob dois aspectos dentro dos clubes: o primeiro aspecto já mencionado no parágrafo anterior é questão financeira, ou seja, o atleta parado não gera receita para os patrocinadores, gera despesas médicas para os clubes e ainda ganha sem jogar.

O segundo aspecto é a zona de conforto, ou seja, para o atleta é confortável não se proteger ou deixar de se cuidar de possíveis doenças, lesões, cartões amarelos e vermelhos, porque eles sabem que no final do mês o salário está na conta, independente se eles jogam ou não.

Mesmo considerando os atletas mais responsáveis o clube sempre acaba pagando a conta em uma eventual falha do jogador, independente do motivo, o que no meu ponto de vista deixa margem para melhorar a relação entre atleta e o seu clube empregador.

O que eu penso que seria possível fazer nesse caso, é a implantação de um programa de renda variável, onde o atleta ganha uma parte fixa independente se ele vai entrar em campo ou não e a outra parte variável e condicionada a sua entrada na equipe titular ou reserva.

Com a renda variável adicionada ao seu contrato de trabalho o atleta passará a ser mais responsável e a qualidade do seu futebol certamente vai subir, por um simples motivo, a pessoa do atleta vai melhorar e como conseqüência disso, o profissional vai no “embalo”.

Esse tipo de programa é muito comum no mundo corporativo, onde vários profissionais ganham uma renda variável em função dos resultados que eles geram nas suas empresas. Para os clubes de futebol alguns problemas dentro das equipes simplesmente vão desaparecer.

Aquela balada com os amigos durante a semana? Alimentação inadequada? Álcool e cigarro? Pode fazer caro atleta, o seu reserva estará só esperando você cometer aquele errinho pra virar titular da equipe e nunca mais sair dela."


* Joffrãn da Silva é professor de Economia, treinador e Consultor de Futebol.

3 comentários:

Anônimo disse...

Nosso DM realmente deve ser bem aconchegante, pois o jogador chega aqui, faz no máximo duas partidas e já começa a frequentar a casa...

Eu também vou falar disse...

Os atletas já recebem uma renda variável, pois a premiação é muitas vezes estabelecida de acordo com a posição alcançada, ou sequencia de vitórias, ou classificação para determinada fase, etc.
Por mais que eu também ache que alguns atletas "gostem" do DM, pesno que reduzir o salário do jogador que está no DM, que se machucou jogando é o mesmo que reduzir o salário de um trabalhador que se acidenta no trabalho.
Paulinho

Aloísio T. Silveira disse...

Só pode ser coisa ou de "BURRO" ou de mal intencionado (quanto $$$$?).
Contratar jogador "PEREBA", sabendo que jogará limitado, é uma insensatez total, beira a imbecilidade. Prefiro um cabeça-de-bagre valente, raçudo do que um craque(???) no departamento médico, que não servirá para "M" nenhuma a não ser encher os próprios bolsos e o de seus empresários(???)!!!

Um abraço,

Aloísio