O futebol é um esporte que envolve inúmeras emoções em curto espaço de tempo, além de proporcionar a integração e aflorar os mais intensos sentimos de paz, solidariedade, amizade e amor pelo próximo. É comum durante os jogos, em especial aqueles mais emocionantes, presenciarmos pessoas se derramando em lágrimas, comemorando gols abraçados com um estranho que compartilha do mesmo êxtase ou simplesmente desabafando quando seu time está mal. Entretanto, no Brasil, tem se tornado cada vez mais frequente a violência nos estádios de futebol.
No Estado de Minas Gerais já se chegou ao ponto de realizar clássicos com apenas uma torcida! Ora, qual a graça de festejar um gol "sozinho" sem ter alguém para ouvir uma piada? Esta atitude extrema aconteceu por culpa exclusiva de marginais disfarçados de torcedores que causaram constantes mortes após os jogos envolvendo clubes mineiros. Em São Paulo, os jogos são realizados com ambas torcidas presentes, mas o histórico de mortes também se tornou uma rotina constante. No Rio de Janeiro, em Curitiba e outros Estados o quadro não muda muita. Enquanto os jogadores saem em seus carros importados, tem gente trocando tiro na esquina e ceifando a vida de muitos jovens prematuramente.
Nesta última semana, em Goiânia, uma torcedora do Goiás de apenas 17 anos foi morta por "engano", pois na verdade, o alvo seria o namorado. Em Florianópolis, estamos convivendo com uma sequência de violência entre torcidas, principalmente, envolvendo torcedores azurras. Recentemente, um torcedor em Criciúma foi atingido por uma bomba e perdeu a mão. Neste fim de semana, um torcedor do time rosado foi agredido em pleno terminal do centro da cidade, simplesmente por estar usando a camisa do rival. É um verdadeiro absurdo! É violência gratuita! Cria-se a cultura do olho por olho, dente por dente. E pior, todos conhecem os culpados, mas permanecem inerte diante de tanta irracionalidade.
O país está próximo de receber uma Copa do Mundo, mas as pessoas não conseguem viver com a diferença ao seu lado. É impressionante e assustador, pois 2014 pode ficar conhecido como o ano da carnificina futebolística. Particularmante, temo por mim, pelos meus filhos, pelos meus amigos e mesmo pelos desconhecidos. Muitas vezes saí da Ressacada chorando por culpa de uma derrota, mas espero nunca voltar num carro do IML e nem mesmo acompanhar alguém. Infelizmente, estão concretizando o velho chavão que era uma simples ironia, o esporte mata!
Compartilhe este post no TWITTER
8 comentários:
A violência começa com pequenos atos. Mesmo em um artigo pretensamente sério condenando a violência como este, o autor refere-se ao time rival como "rosado". Provocação barata e desnecessária. Não sou contra as brincadeiras entre as torcidas. Nos meus quase sessenta anos de paixão pelo futebol participei de muitas delas, como autor e como alvo. É saudável, mas tem horas que é necessário o respeito, principalmente quando se trata de um assunto tão importante com esta recorrente agressão provocada por PARTE da torcida do Avaí (nome que não tenho nenhum preconceito ao pronunciar).
Belo post, infelizmente as pessoas confundem torcedor rival, com inimigos. Tenho varios amigos e familiares com quem brinquei quando estamos em alta e hoje aceito com naturalidade o bom momento que o time deles esta vivendo. Tomara esse campeonato termine tudo bem. Mas o classico, independente de local deve ter um atençao especial de nossas autoridades de segurança. Tem uns que nao sabem brincar e tem outros que nao aceitam certas brincadeiras. Mas sou favoravel que o classico seja na Ressacada e aberto as duas torcidas. O pessoal tem que ter conciencia. Futebol é bom para fazer amigos, mas o mundo nao acaba porque seu time perdeu. Um absurdo!
Prezado amigo alvinegro,
O assunto realmente é sério, mas como as gozações fazem parte do cotidiano, não poderia passar em brano. Não se trata de preconceito, mas uma simples brincadeira.
Também não vamos generalizar e dizer a "agressão provocada por parte da torcida avaiana", pois no lado rival tb temos pessoas do mesmo naipe!
Portanto, a culpa é de ambas às torcidas, ou melhor, parte delas.
Via a PAZ!
Abraços da Chuleta Avaiana.
Obrigado pelo comentário.
Grande Serjão,
Concordamos plenamente! Não podemos tomar uma cerveja com os amigos rivais, só por causa de uma camisa...
Imaginem, pai e filho ficarem separados....tudo por causa da violência iracional de meia dúzia de "torcedores"...
abraços da Chuleta Avaiana.
Quando eu herdei a paixão pelo futebol do meu pai, há várias décadas, tratávamos os clubes de Florianópolis por Figueirense e Avaí. Sentávamos lado a lado no Adolfo Konder. Ele e minha mãe (uma avaiana tinhosa) rivalizaram e brincaram todos estes anos sem nunca brigarem por futebol. Nós os filhos crescemos neste clima. Alguns escolhendo o time do pai outros o time da mãe, mas sempre vivendo em harmonia. Nunca vi meu pai desrespeitar o adversário, muito menos minha mãe.
Hoje vejo os torcedores, e pior, os blogs tratarem os rivais com nomes pejorativos ou desdenhosos. São "rosados" prá la, "ciderelas" prá cá. Time do mangue versus time da praia do cagão. Fico imaginando os filhos destes blogueiros ouvindo diariamente o pai falando do rival desta forma. Vai repetir na escola e com os amigos a mesma coisa. Vai se considerar superior e talvez no futuro se ache no direito de agredir um adversário só por que ele está usando uma camisa diferente da sua.
Por este motivo que fiz o comentário anterior. Mesmo no momento em que o blogueiro trata de um assunto sério, não é capaz de mostrar respeito. Tem momentos que não cabe a brincadeira. A violência deve ser tratada com seriedade.
Sr Paulo Henrique,
Respeitamos sua opinião, mas discordamos em parte.
Acerca dos termos pejorativos fica restrita às brincadeiras e posts. Temos um convívio muito saudável com nossos amigos alvinegros.
Particularmente, nestes meus 35 anos de vida e 25 de futebol em campo, nunca me envolvi em uma pequena briga que fosse!
Discordo qdo o senhor afirma que nossos filhos serão espelhos de nossas atitudes, pois não incentivo meus filhos, hj com 4 e 7 anos a desrespeitar o próximo somente pela diferença de time ou qualquer outra escolha.
É necessário separar as brincadeiras da educação. Meus filhos poderão um dia até se envolverem em confusão, mas com certeza não será por influência do apaixonado pai.
Para ter uma idéia, no sábado, convidei dois amigos ALVINEGROS para assistirem ao jogo do Bgueira na minha casa, com uma boa cerveja, piadas e descontração. Tudo presenciado pelos meus filhos, portanto, será este o exemplo que sempre terão.
A violência é um caso tão sério, que mesmo nós avaianos nos manifestamos contra os últimos acontecimentos, comprovando que não concordamos com o ocorrido.
Abraços da Chuleta Avaiana.
não sei se cabe aqui esse meu comentario,mais ao que parece o avai irá disputar a serie b em 2012 e eu como torcedor do jec começo a ficar preocupado nos confronto entre nossos times,sei que outros times ou torcidas não representam perigo de bombas ou pedradas ou emboscadas,mais ficarei de sobre aviso quanto a levar minha familia nessas partidas em especial.
veja bem não estou generalizando mais todo cuidado é pouco.
até 2012.
Prezado colega Joinvilense,
Primeiro, gostaríamos de parabenizá-lo pelo acesso. Em segundo, é bom ressaltar que "parte" da torcida tricolor tem um histórico de emboscadas e agressões, portanto, estamos no mesmo nível! Assim como vc tem receio em levar a família no confronto com o Leão, tb temos medo de assistir jogos em Joinville!
Quem sabe um dia esta situação mude. Entretanto, qdo vier em Florianópolis, será muito bem recebido no recanto da Chuleta Avaiana.
Abraços da Chuleta Avaiana.
Postar um comentário