segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O Avaí garoteou

Fluminense 3 x 2 Avaí. A visão do tricolor carioca sobre a partida amarga - para nós avaianos - do último domingo.

Por Victor -
Blog blablaGol

No 1º tempo Silas dimensionou bem seu ataque. Bastaram Muriqui, Marquinhos, Wiliam, Ferdinando e eventualmente Léo Gago para atacar o Fluminense. E não necessariamente todos ao mesmo tempo.

Três deles bastam para fazer linha de passe na área tricolor e brincar de altinha. E um apenas para marcar a saída de bola. Tanto que não foi uma, nem duas vezes que Luis Alberto, Paulo Cesar, Diguinho e cia entregaram a bola bisonhamente ou voltaram para um acuado Rafael bicar a bola.

Só que com displicência de final de pelada no Marieta, o Avai não fez alguns gols em inúmeras rondadas na área, e ainda cometeu a bobagem de sair jogando por onde o único jogador tricolor que correu neste tempo estava, Conca.

Chegou a comover acompanhar a luta solitária (ok, Alan tb estava com ele) de Conca pelo Fluminense.

De toda forma, sabe-se lá como, o Avaí saiu para o intervalo amargando um 2×2 no Maracanã e voltou abaixo da crítica para o 2º tempo.

Já não se distinguiam os jogadores catarinenses no ataque da equipe e não se via tamanha diferença para o adversário carioca quando nessas bolas que pipocam dentro da área, Alan virou a partida para o Fluminense ainda bastante tempo para jogar.

O Avaí não melhorou e só ensaiou pressionar no fim do jogo, o que trouxe graça a partida e fez com que valesse à pena para quem resolveu ficar os 90 minutos assistindo ao match.

Curioso constatar, que no 2º tempo, Conca foi figura apagada, parecendo de standby, enquanto Ruy Cabeção esteve bastante bem (é estranha, mas eu gosto dessa expressão) neste período de intermediária a intermediária.

flutorcida
Foto: Blog do Torcedor Fluminense - GloboEsporte.com

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Cabe ressaltar três detalhes positivos extra-bola.

1. De inúmeros erros cantados em verso e prosa, o marketing do Fluminense foi feliz em identificar o apelo da partida e fazer promoção com a devida divulgação. Levando-se quase 20.000 torcedores ao Maracanã que participaram de forma irreprensível da partida como tópico que segue
2. A torcida do Fluminense entendeu seu papel na partida e o fez de forma brilhante. Com o time perdendo por 1×0, ela ajudou e apoiou o time como deve fazer uma torcida consciente. Marcou os piores jogadores do time, reservando a esses gigantescas vaias, os inibindo de fazerem porcaria, nada fazia em relação aos novatos e coadjuvantes, e exaltava os briosos e talentosos (no caso, Conca e Alan). Nesta toada, o Fluminense sabe-se lá como chegou empatando o 1º tempo jogando muito pior. No 2º tempo, com o nivelamento da partida e a virada tricolor, a torcida então se segurava junto com o time e cantava esperançosa. O que não é de se criticar. Afinal, torcida é para torcer, e não para fazer conta.
3. Ao fim do jogo, o árbitro tomou a decisão de não parar o jogo por conta de cai-cai de Ruy Cabeção em entrada bunda de um defensor avaiano. Com o argumento de que árbitro não é médico, defende-se que se pare o jogo por qualquer coisa, o que na minha opinião é a maior falta de fair-play e desportividade no futebol. Tenho mais raiva disso que de um jogador que acerta o focinho de outro. Esse ao menos se expõe ao julgamento público. O outro fica protegido pela impunidade da impossibilidade de fiscalização.

O Avaí segue o campeonato acima de sua expectativa e consequentemente com folga em seu planejamento de não ser rebaixado, enquanto o Fluminense ganha uma semana com uma base otimista de 20.000 tricolores ruins de matemática mas apaixonados pelo time.

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