terça-feira, 13 de outubro de 2009

Síndrome do Segundo Tempo

Em partida válida pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Avaí empatou em dois gols com o Botafogo, no Engenhão. Depois de estar vencendo a partida por 2 a 0, cedeu o empate. Não, você não está lendo a análise da partida passada...é que nosso Leão sofre da SÍNDROME DE SEGUNDO TEMPO. Botafogo 2 x 2 Avaí. Gols de Émerson e William (Avaí). Pelo alvinegro carioca, dois gols de Victor Simões.Com o resultado, o Avaí aparece na 12ª posição, com 40 pontos.

A partida
A partida começou com o Botafogo tentando pressionar a equipe do Avaí, mas sem muita competência. As jogadas mais agudas vieram com um chute de fora da área do bom atacante Jobson, aos 10 minutos, uma cobrança de falta de Lucio Flávio, aos 25 minutos, para a boa defesa de Martini, e logo em seguida aos 27 minutos, depois de uma ginga de corpo de Jobson da entrada da área, deixa para trás dois marcadores avaianos, e coloca por cima da trave.
Até os 30 minutos, o Avaí não tinha feito nada em campo que trouxesse esperanças ao seu torcedor.

Aos 35 minutos Assis, que foi espectador de luxo na partida, tenta roubar a bola de Leandro Guerreiro e sofre falta, dentro da área, mas a arbitragem marcou fora. Na cobrança, Caio colocou na cabeça de Emerson, que fez 1x0 para o Leão.

Oito minutos mais tarde, depois de um chute de Caio bloqueado pela zaga adversária, Willian com muita força ganha a bola e chuta cruzado para marcar o segundo gol avaiano, resultado que já era injusto pelo futebol apresentado pelas duas equipes.

Segundo tempo
O segundo tempo começou com o Botafogo partindo para cima, mesmo que de forma desordenada. A bola não parava de rondar a área azurra, e nossos defensores rebatendo só no chutão.

O meio campo inexistiu na segunda etapa, facilitando as ações botafoguenses. Aos 18 minutos, depois de cobrança de falta de Lúcio Flávio, a zaga avaiana não consegue afastar e Victor Simões, que havia entrado na segunda etapa, chuta a queima roupa, sem chances para Eduardo Martini.

A pressão continuava e aos 32 minutos da etapa derradeira, em nova cobrança de Lucio Flávio, Martini sai mal do gol, a bola fica dentro da área, André Lima comete falta sobre Emerson, não marcada pelo fraco arbitro e sobra novamente para Victor Simões tocar para o fundo das redes, empatando a partida.

No segundo gol do Botafogo, foi flagrante a falta cometida pelo atacante André Lima sobre nosso defensor. Errou o arbitro de forma bisonha. Mas, mesmo com este erro, não podemos admitir a expulsão infantil e irresponsável de nosso atacante Willian. A expulsão de apenas um jogador avaiano ficou barato, porque verdadeiras barbaridades foram ditas por Léo Gago ao assistente e ao quarto árbitro, depois do gol de empate do alvinegro carioca.

O empate ficou de bom tamanho pelo que o Avaí não jogou no Rio de Janeiro. Infelizmente nossos jogadores que substituiram Eltinho, Marquinhos e Muriqui, não corresponderam à altura de nossos titulares, ou melhor, nem à sombra deles.

Agora é se preparar durante a semana e aguardar as voltas de Muriqui, Marquinhos e Eltinho para a partida contra o Goiás.


Individualmente
A equipe avaiana não foi bem. Eduardo Martini teve participação direta no resultado porque falhou no segundo gol botafoguense, ao sair do gol com a famosa mão mole. O trio de zaga segurou o quanto pode, jogou na base do bicão, salvo raros lances de lucidez de Emerson.

Luiz Ricardo foi muito mal. Uendel se esforçou, mas não fez boa partida. Léo Gago correu muito, mas sabemos que ele tem mais futebol para mostrar. Caio foi o de sempre, muito individualista em alguns momentos e vez ou outra some do jogo. Ferdinando correu muito e sempre como muita vontade, mas sua deficiência na saída de bola continua sendo seu maior problema. Assis foi mero espectador na partida, em que pese ele ter sofrido a falta que originou o primeiro gol.

Willian foi o guerreiro de sempre, todavia inadmissível sua exclusão do jogo depois do segundo gol adversário. Os prejuízos vão muito além do final da partida contra o Botafogo.

Os jogadores que entraram, Marcus Winicius, Roberto e Fabinho Capixaba nada acrescentaram ao time.

Os técnicos
Da pena de ver o Silas na beira do campo, quando ele olha para o banco e não vê alguém que possa modificar a partida. Silas fez o que deu para fazer com o material que tinha em mãos.
Estevam Soares colocou seu time em campo e se desesperou com os gols avaianos, tanto que foi expulso, acertadamente, no lance que originou a falta do segundo gol avaiano. Muito não tinha o que fazer, mandou o time para cima e em determinados momentos chegou a ter quatro atacantes, o empate foi muito mais do que ele esperava ao fim da primeira etapa.

Arbitragem
Em que pese o resultado do jogo ter sido justo, a arbitragem do Sr André Luiz de Freitas Castro foi desastrosa. Muitas faltas invertidas, sempre favorecendo a tradicional camisa do time da Estrela Solitária. No lance do primeiro gol avaino, houve pênalti antes da falta marcada fora da área. Sem contar o segundo gol do Botafogo, que aconteceu depois de falta em nosso zagueiro. Muito ruim o Sr André Luiz.

Ficha técnica

Botafogo (2)
Jefferson, Alessandro, Juninho, Wellington e Diego (Renato); Leandro Guerreiro, Léo Silva (Victor Simões), Lucio Flavio e Reinaldo (Reinaldo); Jobson e André Lima.
Técnico: Estevam Soares

Avaí (2)
Eduardo Martini, Augusto, Rafael e Emerson; Luís Ricardo, Ferdinando, Léo Gago, Caio (Marcus Vinícius), Assis (Fabinho Capixaba) e Uendel; William.
Técnico: Silas

Gols: Emerson (AVA), aos 37 minutos, e William (AVA), aos 44 minutos do primeiro tempo. Victor Simões (BOT), aos 18 minutos e aos 33 minutos do segundo tempo.

Cartão vermelho: Juninho (BOT); William (AVA)
Cartões amarelos: Leandro Guerreiro e Juninho (BOT); Caio e Ferdinando (AVA)
Público: 33.641
Renda: R$ 320.470,00.
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ)
Arbitragem: André Luiz de Freitas Castro (GO), auxiliado por Altemir Hausmann (Fifa/RS) e Cristhian Passos Sorence (GO)

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