quinta-feira, 15 de abril de 2010

Santos em público, mercenários no privado

Por Irmão Maior, do Portal Avaímania

O mundo do futebol é interessante. Ele acaba revelando algo que nossos olhos não conseguem ver, nem nossas mentes conseguem alcançar. No nosso Avaí, tivemos alguns exemplos daqueles que se fizeram ídolos, foram adorados, mas, por trás das cortinas, deixaram uma mancha enorme de maus exemplos e de conduta.

O ídolo Evando, tido e havido como o homem de gols espíritas, é uma demonstração clara. Quem não se lembra de seu gol de bicicleta contra o Corinthians? E aquele gol contra a Ponte Preta? E o que dizer do gol do acesso, contra o Brasiliense? Foram cenas marcantes, que deixaram lembranças no coração de todos os avaianos.

Fora das quatro linhas, o atacante ainda conseguia a proeza de colocar Deus em todos os parágrafos de suas entrevistas. Algo quase inacreditável o tamanho de sua fé...

Mas, nos bastidores, o atacante e seu empresário, levantaram a lebre para ser vendido ao Vasco da Gama. Foi um blefe mal dado, que acabou por desgastar seu relacionamento interno no Leão. Mais tarde, culminando com sua ida para a Ponte Preta, saindo da Série A e voltando para a Série B...

Outro exemplo, é o atacante, William. Também muito chegado nas palavras de Deus, veio para o Avaí, após ter sido deixado de lado, em algum canto da Europa. Por aqui, sob o batuta de seu guru, também evangélico, seu futebol apareceu, sendo de suma importância na campanha avaiana na elite do futebol brasileiro.

Porém, foi só o Brasileiro terminar, e o goleador dar às costas ao Leão! Suas declarações desconsiderando o Avaí, insistindo em encontrar um novo e maior clube, tiveram pronta e imediata resposta da diretoria. Quase ficou sem clube, até que seu guru o levou para o Tricolor gaúcho. Por lá, está quase na mesma condição em que esteve na Europa. Sua maior façanha foi ver a própria torcida comemorar sua contusão...

Por fim, o maior exemplo e razão dessa postagem, é o técnico Silas. Silas era um ilustre desconhecido, como técnico, até vir para o Avaí. Fez um bom trabalho, uma empreitada vitoriosa, cativando a todos os avaianos, que levantaram a auto-estima como nunca. Época boa, de bons jogos, bons esquemas e de craques rolando a bola...

Mas a era Silas acabou! Como em qualquer relacionamento, Silas também tinha seus defeitos, fazia suas imposições, como trazer o desconhecido Manu, seu parente “de longe”, que nem mesmo foi aproveitado por ele no time principal...

Silas também não tinha um primor de relacionamento dentro do Avaí. Alguns importantes dirigentes, que estão no dia-a-dia do clube, reclamavam de suas vaidades, de seu “eu” profundo...

Mas, publicamente, a postura de Silas sempre foi muito tranqüila, muito sóbria. Sua palavras, tanto quanto dos dois exemplos anteriores, sempre eram voltadas à Deus, e por conseqüência, se fazia de espelho no que dizia.

Ontem, a máscara caiu! Silas já não é o mesmo, não por estar em outro clube. Sua postura agressiva, de ter que ganhar a todo custo, desmistificou a lenda criada em torno de seu nome e comportamento. E isso tem um nome: dinheiro!

O técnico do clube gaúcho foi contratado por um bom valor. Seu salário é pago rigorosamente em dia. Seu time, o Grêmio, venceu o primeiro turno. Mas, perdeu o Gre-Nal, ainda que seu coirmão estivesse disputando a Libertadores. Para piorar, Silas viu o Grêmio ser desclassificado em pleno Olímpico, pelo glorioso Pelotas, das semifinais do segundo turno.

Ou seja: quer queira ou não, Silas sabe que por lá, não terão a tolerância que a diretoria avaiana teve com ele, numa época de vacas magras, sem vitórias e segurando a lanterna do Brasileiro.

Silas precisou mudar seu discurso e caiu na vala comum de frases feitas. Ficou como qualquer outro jogador baladeiro ou daqueles treinadores de estilo “animador de torcida”...

A razão é simples: a água está batendo na bunda! Salve-se quem puder!

4 comentários:

Anônimo disse...

Não sou de ficar só lembrando o passado, mas se o nosso tecnico tivesse a postura de defender o nosso time tb ficaríamos felizes.
Acho que ele tá certo em defender quem o paga e colocar seu time a frente do atual rival.
Sei que saiu por desgaste interno, mas isso faz parte da profissão. Eles ganham muito bem, mas nesse meio a ética não existe, infelizmente.

Ainda o considero um grande ídolo Azurra, mas semana que vem ele será adversário e deveremos tratá-lo como tal.

Abs

Fábio

Blog da Chuleta Avaiana disse...

Pois é, Fábio!

Manda quem pode, obedece quem tem juízo...

Pagou, levou!

A história do Silas é passado.

Se caiu na vala comum das frases feitas, que seja tratado como adversário.

E muito "bem vaiado"!

Quanto a ética, não existe. Nem o purismo dos evangélicos...

Abraços!

Chuleta Avaiana

Gianne disse...

O pior do jogo de ontem, foi o Silas ter induzido o bandeira a denunciar o Caio e em seguida o jogador ser espulso. Podem acreditar, este negócio de "Jesus te ama" é só da boca para fora.

Blog da Chuleta Avaiana disse...

Giane!

Tens toda razão!

A pressão que ele vem recebendo, fez com que agisse como qualquer outro, sem o menor escrúpulo.

Esse teu "Jesus te ama", é a pura realidade: da boca pra fora!

Abraços!

Chuleta Avaiana