domingo, 22 de agosto de 2010

Tem que rir, para não chorar!!

Por: Sandro Azevedo*

Salve Alvicelestes,

No sábado, logo após o fim do jogo do Leão, fiquei muito surpreso com o foguetório aqui na cidade, tendo em vista que o Botafogo não tem uma grande torcida em Floripa, mas certamente a festa não foi alvinegra carioca. Este jogo eu assisti em casa, e nunca imaginei que tinha tanto vizinho “botafoguense”, pois no gol achado em uma bola parada, a torcida gritou calorosamente como se fosse um gol que livrasse seu time do rebaixamento – falando nisso, dia 07 de Dezembro completa dois anos da queda do vizinho rival . É a velha história, o cara está com o financiamento atrasado, tá devendo nas Casas Bahia, descobriu que o filho que ele tem, na verdade não é dele, mas fica dando gargalhada quando o vizinho tropeça numa lajota!

Foi isso que aconteceu com o Avaí, um mero acidente de percurso e calculado, agora enfrentaremos o poderoso Inter (bi campeão das Américas), conquistando a vitória, os noticiários novamente voltarão o foco sobre nosso manto, enquanto o time do continente vai enfrentar o colorado de Natal. O público que tinha no engenhâo na sexta feira era menor que o número de pessoas que trabalharam no jogo de sábado – ainda teve gente ressaltando que pela primeira vez na história o furacão barrichelo colocou mais público num estádio do que o time da casa – estão querendo se comparar com a invasão Corinthiana no maracanã contra o Fluminense, a única diferença é que enfrentaram o Duque de Caxias, que nem blog do torcedor possuí, quanto mais torcida!

O percurso na segundona começou a afunilar, as rádios alvinegras, quero dizer, as rádios da capital catarinense, antes do início do jogo do Leão ressaltavam que a rodada da série baixa havia sido muito boa para eles, pois da turma do G-4, todos perderam e certamente após o complemento da rodada da elite, vão querer dizer que nosso time está em crise, pois tomou um baile do Botafogo e estamos caindo na tabela. Realmente poderemos perder mais algumas posições, contudo, uma vitória em cima do colorado gaúcho combinado com alguns resultados, pode nos levar ao G-4 novamente. Importante ressaltar que na elite disputamos o título, uma vaga na Libertadores, uma na pré-libertadores e ainda podemos beliscar uma vaga na sul americana. No submundo do futebol, o título nem é tão importante, mas se não chegar no mínimo entre os 4 (quatro) primeiros, vão passar o fim de ano chorando.

Parece que iniciou o fim do encanto, assim como na fábula da Cinderela, a fada disse “vou te dar um time ajeitadinho, os reservas são reservas, então é melhor ninguém se machucar ou ficar suspenso”, felizmente o encanto não se arrastou até a etapa final do segundo turno e já começou neste fim de semana. O “Neymar do continente” perdeu uma penalidade; o lateral substituto do Maicon na seleção tomou um gol nas costas (ainda bem que o Mano não foi assistir isso na sexta); o príncipe de vidro foi substituído na segunda etapa e o vazadão nº 1 (que alguns queriam que fosse convocado), levou mais dois para coleção, no resto é só resto. Agora enfrentaram o poderoso América em Natal, mas já estão preocupados, pois já contam com dois desfalques, um por cartão e o outro por contusão – se machucou ao cabecear uma bola – mas este é uma ótima baixa, pois é o Maicon, que organiza todas as jogadas do alvinegro de segunda.

Agora vamos ver como se comporta o time, que ainda tem 4 (quatro) jogadores pendurados e depois enfrentam Coritiba, Guara e Paraná. No jogo contra o Coxa, vão acabar jogando com time misto, aí a choradeira vai ser grande, seria a inauguração do bandeirão na série baixa, que vai acabar servindo para enxugar as lágrimas. Ironia do destino, no último jogo enfrentarão o Paraná e realmente vão “pará na segundona” , no segundo turno atuarão como mero coadjuvantes, pois as vagas de acesso serão ocupadas com times com um pouquinho, mas realmente pouquinho mais qualidade. Por isso fazem tanta festa com simples tropeços do grupo azurra, tem que rir, para não chorar.

Um abraço.


*Sandro Azevedo é advogado, sócio e torcedor do Avaí. Jogador muito amador, mas sempre leal do time Traíras. Também conhecido pelo pseudônimo Coelho, foi convidado especial para assistir (na torcida do time da casa) de corpo presente Chororo 1 x 7 tricolor, uma noite inesquecível.


Obs: O artigo não reflete, necessariamente, a opinião do Blog da Chuleta Avaiana.

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