sábado, 26 de setembro de 2009

Irmãos gêmeos

Por Roberto Ferreira de Melo

Se existe no futebol carioca um time de elite, este é o Tricolor das Laranjeiras. Extraio da palavra elite a essência que dela possamos passar para o futebol: o gosto pela beleza, pela plasticidade, o respeito ao adversário, a dignidade em campo e fora dele, o culto a arte do futebol.
Somos avaianos da elite do futebol e somos elite na essência. Assim também o é o torcedor Tricolor carioca (quem duvidar ler artigo do blog do Fluminense no globo.com). O que temos em comum?

Já fomos, até passado bem recente, o time mais vezes campeão do Estado (o AVAI voltará a ser muito em breve!). Sempre tivemos times campeões que se destacaram pela técnica apurada de alguns jogadores e pela raça e união dos demais. Eles tiveram Castilho, Rivelino e Assis. Nós tivemos Adolfinho, Zenon e Adilson Heleno. Somos reconhecidos pelos adversários e amados pela nossa torcida mais por conta da tradição, do brio e dignidade de nossas hostes, pela elegância de nossas cores, que pelos títulos conquistados.

Hoje eles tem Conga e Fred (pelo menos, era pra ter) e nós temos Marquinhos, Léo Gago e Muriqui. Eles tem o Cássio e nós temos o Rafael.

Os gêmeos estão um de cada lado. O que aconteceu com os dois no domingo passado foi a metáfora do que ocorre com os times neste Campeonato Brasileiro. Um foi um Leão em campo, firme, seguro e determinado de seus objetivos. O outro, inseguro, confundindo as metas e tropeçando nas próprias pernas. Mas não deixam de ser irmãos. Por ironia do destino não entram em campo no Maraca neste domingo.

O que vai prevalecer no jogão de amanhã? As semelhanças ou as diferenças?

Terei o privilégio de estar torcendo in loco para que esta página da elite da história do futebol seja escrita em azul e branco.

8 comentários:

Rafael VE disse...

Que o Fluminense pague a terceirona até poder se auto-proclamar time de Elite.

Unknown disse...

Creio que o texto não está equivocado.
Mas a observação de Rafael é pertinente.
O Flu é elite, mas derrapou na história.
A. Hahn Buck

Alexandre Carlos Aguiar disse...

Fluminense, São Caetano e aquele cujo nome eu não menciono subiram pela janela e por ela serão jogados de volta ao lugar de onde não deveriam ter saído. Se sairem, que seja no campo, na bola, como fizemos até agora.

Chuleta Avaiana disse...

Rafael!
Tens razão. Mas, a conotação dada pelo Beto Melo, diz respeito também ao convívio com Tricolores, que assim como nós, Avaianos, temos uma relação tranquila com qualquer torcida adversária.
Efetivamente, o Flu e outro bem conhecido, deveriam pagar divisões abaixo da nossa.
Abraços!
Chuleta Avaiana

Chuleta Avaiana disse...

André!
Concordamos em gênero, número e grau.
Abraços!
Chuleta Avaiana

Blog da Chuleta Avaiana disse...

Alexandre!
É exatamente essa a essência de como devem ser as coisas...
A questão dos "Irmãos gêmeos", não se refere aos pecados cometidos.
Abraços!
Chuleta Avaiana

Victor disse...

Opa pessoal,
entrei para deixar o link do texto que escrevi sobre o jogo (com uma visão tricolor da coisa, ainda que tentando buscar uma visão não tão específica no Flu) e reparei nos comentários à respeito do período de chacotas tricolores.

Podem ter certeza que como torcedor do Fluminense, envergonho-me deste período não pelos times desprezíveis ou chacotas dentro de campo, que na época pareciam o que havia de pior, mas envergonha-me muito mais a famosa champagne que faz com que o Fluminense amargue esta tão indesejável imagem Brasil afora.

O Fluminense não pagará com um eventual rebaixamento. É bem provável que os tricolores não tenham se apercebido que essa conta vem sendo paga da pior forma, à prestações com a propagação negativa da imagem do Fluminense pelo país.

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Dito isto, convido aos leitores do Blog da Chuleta a lerem minha resenha sobre o jogo no Blá blá Gol:
O Avaí Garoteou

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Em tempo:
A esperança que se tem para o Fluminense, são textos como este do Roberto Ferreira de Melo, que mostram que apesar de todas as cagadas que o Fluminense fez para destruir sua imagem, ainda há tudo o que ele representou para segurar a onda. Toda uma história de craques e bom gosto.
Em suma, o Fluminense diminui exatamente quando perdeu sua principal qualidade: a fidalguia

Abraços
Victor
Saudações Tricolores

Blog da Chuleta Avaiana disse...

Vitor!
Há que se separar o joio do trigo. Sob este aspecto, o texto do Beto foi perfeito.
A observações decorrente dele também o são.
E tua conclusão é mais do que perfeita: quando perdeu a fidalguia, o Fluminense agrediu sua própria história.
Abraços!
Saudações AvAiAnAs!
Chuleta Avaiana